A preocupação com a rede hoteleira aumentou com a confirmação, no ano passado, de que o Brasil sediará a Copa do Mundo de futebol em 2014 e, o Rio de Janeiro, os Jogos Olímpicos de 2016. A falta de capacidade para receber turistas e a pouca ação efetiva na construção de hotéis, muito por conta do alto valor dos terrenos disponíveis, fez com que o diretor executivo da Associação Comercial e Empresarial Cidade Nova, gestor do centro de convenções Sul América, Marcelo Ferreira, sugerisse aproveitar os prédios já existentes para o aumento no número de apartamentos. "Por que não se faz adaptações e recuperações? Temos diversos prédios degradados no Rio de Janeiro. Podem ser feitos hotéis, que sejam de meia estrela, uma estrela, duas estrelas... Só não podemos é sair construindo sem planejamento, destruindo tudo e sem trabalhar as revitalizações. Existem vários prédios na Cinelândia que já foram recuperados e outros que podem passar por este processo", argumentou Ferreira.
Segundo o representante do Sindicato dos Bares, Hotéis, Restaurantes e Similares e da Associação Brasileira de Indústria de Hotéis, Paulo Michel, aproximadamente 52% dos turistas que passaram pelo Rio de Janeiro em 2009 vieram para negócios. Ele ainda disse que estão sendo construídos mais hotéis na cidade, para absorver a demanda atual e a futura, que será ainda maior. "Podemos e devemos explorar muito mais a imagem do Rio de Janeiro, mas cada vez que queremos captar um evento maior esbarramos na falta de hotéis. Temos espaços enormes para fazê-los, principalmente na Barra da Tijuca, mas temos problemas estruturais de acesso, transportes e do alto valor dos terrenos na cidade. Isso faz com que os empresários não queiram investir na área, mas estamos em reuniões com o prefeito Eduardo Paes para tentar viabilizar a construção de novas estruturas, provavelmente na Zona Portuária", garantiu. Os três especialistas defenderam a necessidade de melhoras também no sistema de transportes e nos aeroportos do Rio de Janeiro. "Os investimos são maiores em locais considerados destinos internacionais", assegurou Arthur Repsold.
Pedro Motta Lima
Subdiretor-geral da Diretoria de Comunicação Social da Alerj
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