4 de março de 2010

RIOCENTRO TERÁ HOTEL E ESPERA TER SEU MELHOR ANO EM 2010

O centro de convenções Riocentro terá, em 2010, seu melhor ano em termos de ocupação desde a realização da ECO-92, e ainda ganhará um hotel com cerca de 300 apartamentos. As afirmações foram feitas pelo gestor do Riocentro, Arthur Repsold, em debate sobre turismo de negócio realizado pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), na manhã desta terça-feira (02/03), no auditório Senador Nelson Carneiro. "Em 2009 tivemos uma queda no número de eventos por conta da crise econômica, mas temos certeza de que este ano será o melhor. Movimentaremos mais de US$ 142 milhões (R$ 252 milhões) em eventos realizados no Riocentro, e cerca de U$ 202 milhões (R$359 milhões) para a cidade", previu Repsold, que anunciou a construção do hotel como medida de emergência para suprir os problemas causados pela falta de estrutura da rede hoteleira do estado. "A quantidade de apartamentos no Rio é insuficiente e tem uma taxa de ocupação muito alta. A construção do nosso hotel é uma pequena parte da solução, uma remenda, precisamos de mais 10 a 15 mil apartamentos no Rio de Janeiro, em curto prazo", completou.

A preocupação com a rede hoteleira aumentou com a confirmação, no ano passado, de que o Brasil sediará a Copa do Mundo de futebol em 2014 e, o Rio de Janeiro, os Jogos Olímpicos de 2016. A falta de capacidade para receber turistas e a pouca ação efetiva na construção de hotéis, muito por conta do alto valor dos terrenos disponíveis, fez com que o diretor executivo da Associação Comercial e Empresarial Cidade Nova, gestor do centro de convenções Sul América, Marcelo Ferreira, sugerisse aproveitar os prédios já existentes para o aumento no número de apartamentos. "Por que não se faz adaptações e recuperações? Temos diversos prédios degradados no Rio de Janeiro. Podem ser feitos hotéis, que sejam de meia estrela, uma estrela, duas estrelas... Só não podemos é sair construindo sem planejamento, destruindo tudo e sem trabalhar as revitalizações. Existem vários prédios na Cinelândia que já foram recuperados e outros que podem passar por este processo", argumentou Ferreira.

Segundo o representante do Sindicato dos Bares, Hotéis, Restaurantes e Similares e da Associação Brasileira de Indústria de Hotéis, Paulo Michel, aproximadamente 52% dos turistas que passaram pelo Rio de Janeiro em 2009 vieram para negócios. Ele ainda disse que estão sendo construídos mais hotéis na cidade, para absorver a demanda atual e a futura, que será ainda maior. "Podemos e devemos explorar muito mais a imagem do Rio de Janeiro, mas cada vez que queremos captar um evento maior esbarramos na falta de hotéis. Temos espaços enormes para fazê-los, principalmente na Barra da Tijuca, mas temos problemas estruturais de acesso, transportes e do alto valor dos terrenos na cidade. Isso faz com que os empresários não queiram investir na área, mas estamos em reuniões com o prefeito Eduardo Paes para tentar viabilizar a construção de novas estruturas, provavelmente na Zona Portuária", garantiu. Os três especialistas defenderam a necessidade de melhoras também no sistema de transportes e nos aeroportos do Rio de Janeiro. "Os investimos são maiores em locais considerados destinos internacionais", assegurou Arthur Repsold.


Pedro Motta Lima
Subdiretor-geral da Diretoria de Comunicação Social da Alerj
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Contribuição: ANDRÉ PARANHOS - RCVB

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